domingo, 27 de janeiro de 2013

Sobro o incêndio em Santa Maria

"Os celulares não param de tocar nos bolsos das pessoas mortas e isso está doendo na gente", diz Bombeiro.
Engraçado as coisas que “pegam” a gente. Hoje uma colega comentou o quanto ficou de repente comovida ao ver as unhas pintadas nas mãos queimadas de uma menina transferida de Santa Maria, e eu fiquei pensando nesse momento, nesse momento perigoso, nesse momento em que, no meio do caos, das decisões rápidas e frias, na hora de ser técnico e preciso, no meio desse tumulto organizado, alguma coisa nos pega no detalhe mais humano, mais simples e corriqueiro, alguma coisa nos lembra que nós também estamos ali, naquela maca, naquele acidente, naquela doença. A dor do paciente é a nossa dor, a morte do paciente é a nossa morte, nada nos separa a não ser um pouco de acaso e alguma dobra de tempo. É nesse momento perigoso que nos sentimos profundamente humanos, é nesse momento que a fragilidade nos toca, que o desamparo nos toma, é nesse momento perigoso que estamos ali, tão humanos e tão pequenos diante desse abismo incompreensível da vida e da morte. É nesse momento perigoso que nos invade então... um grande amor.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Resoluções de Ano-Novo


1# Fazer o que me faz bem.
2# Ficar feliz com as coisas que eu sou capaz de fazer. E aprender outras.
3# Estar com as pessoas que eu amo.
4# Não revelar a localização do abrigo secreto para os extraterrestres.