segunda-feira, 24 de junho de 2013

Tá confuso, tá bem confuso, mas ainda é na rua que eu pretendo entender o movimento.

sábado, 22 de junho de 2013

E bem que você podia, né,
não ser assim tão bonito,
não ser o meu favorito
entre tantos que andam aí.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Lembrança da Minha Formatura

Talvez você seja alguém da minha família, talvez você seja um novo amigo, talvez você seja um amigo de longo tempo. Seja você quem for, eu gostaria de agradecer pela sua presença aqui essa noite, de agradecer por você estar aqui e compartilhar comigo esse momento.

Talvez você faça parte daquelas pessoas que, perplexas ou vibrantes, testemunharam todas as viradas que eu dei na minha vida. Talvez você tenha chegado depois disso, e esteja participando agora das alegrias e medos de receber de volta tudo aquilo que eu passei (e que passamos) tanto tempo cultivando. Talvez você tenha acompanhado de perto tanta mudança, talvez você tenha sido o colo em que eu chorei, talvez o meu beijo mais doce. Talvez você tenha rido muito comigo, talvez você tenha sido aquela presença segura num momento atribulado, talvez você tenha dito a palavra certa no momento mais necessário, talvez o seu tenha sido o abraço mais aconchegante, talvez tenha sido seu o sorriso mais bonito. Seja quem for, você certamente foi alguém que caminhou ao meu lado, e esteve presente sempre que pode estar. E fez diferença entre o que eu já fui e o que eu sou hoje.

E hoje, eu sou essa pessoa se formando em medicina. É incrível, sabe, a quantidade de coisas que se aprende na faculdade de medicina. Ser médico é apenas uma delas, e certamente nem é aquela em que me saí melhor. Na faculdade de medicina eu tive a oportunidade de começar a aprender as prioridades certas. Ao conviver com o sofrimento das pessoas, ao perder pacientes (inclusive pediátricos), ao participar do cotidiano dos pacientes graves, às vezes terminais, descobri que nunca é tarde demais para mudar, nunca é tarde demais para fazer novas escolhas ou dar novos significados para a vida. Nunca é tarde demais, mas pode não haver tempo suficiente. Porque a vida passa depressa demais, e às vezes se vai quando menos se espera; outras vezes, com sorte, ela vai ao limite que pode ir, mas, ainda assim, deixa com saudade quem ficou. Um dia acordamos com 15 anos, daqui a pouco temos 34, de repente são 52 e um belo dia, puf, a gente acorda com 80...

Se o tempo é pouco, então a coragem tem que ser muita. Porque mudar é difícil, dá medo e dá trabalho, mas não existe sensação melhor do que a de se estar caminhando na direção que se quer. Pode ser a faculdade de medicina, a viagem dos sonhos, o doutorado, o bebê, o casamento, o divórcio, o apartamento novo, outro emprego, outra cidade, não importa. Escolher os próprios riscos torna as vitórias mais exuberantes e os erros mais suportáveis, porque nem sempre se vai obter o que se quer, mas a caminhada escolhida tem sempre menos arrependimentos. Quando erramos durante o percurso que escolhemos, erramos melhor.

Eu sei que esse aprendizado é ainda um longo caminho a ser percorrido, mas espero que, de alguma forma, você possa estar do meu lado nessa caminhada. O importante é que possamos estar perto, mesmo quando estamos longe. O importante é estarmos perto enquanto ainda temos tempo. Porque infelizmente o tempo acaba rápido demais. Para a minha tia avó querida, não houve tempo de estar aqui. Eu gostaria muito que ela estivesse, mas, infelizmente, ela nos deixou há umas poucas semanas, levando embora a pessoa incrível que ela era. Das tantas coisas que ficaram dela, as que eu guardo com mais carinho eram a leveza, o bom humor e a risada adorável que ela tinha! Tia Lélia levou rasteiras suficientes da vida para se tornar uma mulher amargurada, retraída e triste, mas ela era o oposto disso. Querida, risonha, bem disposta, ela era o exemplo da capacidade de dar a volta por cima. Ela foi a última de duas gerações de mulheres admiráveis que, embora tenham vivido os limites impostos pela sua época, tiveram a generosidade de dar para nós, as suas duas gerações futuras, todas as oportunidades que elas não puderam ter. Hoje, nós somos todas mulheres com curso superior, com liberdade para fazer suas próprias escolhas, com coragem para aceitar e recusar aquilo que querem ou não querem, com autonomia para viver suas próprias experiências. Embora a medicina tenha sido uma decisão bem posterior na minha vida, nunca me esqueço de como a nossa bisavó, com todas as seis bisnetas mulheres, sonhava para nós um futuro na medicina. “Sejam médicas. Façam medicina, é a profissão mais linda!” ela dizia. Ela infelizmente também não teve tempo de estar aqui, mas se estivesse, hoje veria três das seis bisnetas, médicas. Acho que hoje ela estaria também muito feliz. Como estariam felizes minha vó, a prima delas, a nossa tia bisavó, e todas as mulheres incríveis que nos tornaram reais. Se existe algum outro lugar em que elas possam estar, eu espero que estejam orgulhosas da gente; se não existe, tenho certeza de que elas estão em cada uma de nós.

Hoje termina uma caminhada e outra começa. Que seja doce, que seja tão generosa e bela quanto tem sido até aqui, e que você possa estar comigo, da forma que for, mesmo quando longe, sempre perto.

Espero que a noite tenha sido especial para você também.

Obrigada pela presença. Obrigada pelo carinho.

Com amor, Maritza.
15 de junho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Chorar, lavar o rosto e seguir na luta.
Não é novidade e funciona.
Só cansa, às vezes.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Porque um dia amar vai deixar de doer, e quando isso acontecer, ainda vou estar aqui.

sábado, 8 de junho de 2013

Não foi bem assim que me contaram, mas vou dizer como me lembro.

O Amor e a Loucura eram amigos e costumavam brincar juntos, mas um dia brigaram, e a Loucura feriu gravemente os olhos do Amor, cegando-o. Quando se deu conta do mal que havia feito ao amigo, a Loucura, horrorizada, prometeu fazer tudo o que pudesse para ajudá-lo e, desde então, jurou que seria para sempre a guia do Amor.

Aí criei uma versão para os dias em que estou cínica. Começa assim: o Amor e a Burrice eram amigos...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Último dia de faculdade ontem. Dizem que em um mês viro médica. Não sei, ainda estamos aguardando.