sábado, 14 de setembro de 2013

Há uns dias me dei conta de que quem lê os últimos tempos do meu blog (alguém?) deve ter a impressão de que falo da mesma pessoa, de que tenho saudades do mesmo amor. Não é assim. Nos últimos tempos tenho escrito sobre dois homens diferentes, sobre dois amores diferentes, sobre dois amigos diferentes, que nem sequer se conheceram, duas pessoas distintas e que me encantaram. Duas pessoas completamente diferentes e com quem me envolvi em momentos diferentes. Dois amores, dois amados, dois amantes.

E que, tão diferentes, tiveram tempos distintos, me tocaram cada um a seu modo, me trouxeram um pouco mais do que eu sou hoje. Mas a verdade é que amei um mais do que o outro. Porque esse um também se atreveu mais, também me amou mais, me tocou mais, me fez rir mais, me quis por mais tempo, me levou para a cama mais vezes, passou mais tempo segurando minha mão, deitado no meu colo, me beijando. Do cheiro desse eu me lembro, e espero nunca esquecer. Esse era tão especial que mudou a minha vida e a de muitas, muitas outras pessoas. Esse era uma daquelas pessoas que entra na vida da gente e faz da gente um ser humano melhor.

Esse amor que eu amei tanto, esse me foi roubado na madrugada de quinta para sexta-feira. Esse foi roubado da família, de um milhão de amigos e de não sei quantos amores nessa madrugada horrível, em que atiraram dele. Quatro vezes. Ninguém sabe porque. E o meu amigo acabou.

Faz dois dias que eu choro. Não sei se preciso parar de chorar para conseguir escrever. Não sei se tenho que começar a escrever para parar de chorar. Vou tentar. Porque uma das muitas coisas que ele me ensinou, é que a gente tem que se atrever. A tudo o que quiser. A ser feliz.

Te amo, meu anjo, meu menino. Sei que já não éramos tão próximos. Sei que tivemos significados diferentes na vida um do outro. Sei que vou te querer sempre, como sempre quis. Me dói que o tempo tenha sido tão pouco. Me dói talvez ter tomado a decisão errada, porque eu te queria mais do que deveria. Me dói ter estragado nossa liberdade tão linda por querer segurança.

Não sei o que fazer com tudo isso. Com esse vazio. Com essa dor. Dói demais e não passa.

Tenho tentado deixar as pessoas me cuidarem, me confortarem com o amor enorme que cada uma delas me traz e me entrega. Talvez essa seja uma das muitas coisas lindas que tu vai me fazer aprender.

Te quero de volta para mim, te quero mais, quero voltar no tempo, quero tudo de novo, quero que não seja verdade que eu te perdi, que todos de perdemos no infinito para sempre. Tu era uma pessoa maravilhosa demais para nos ser roubada assim.

Escrevo tudo isso para tentar para de chorar.
Escrevo porque tu amava as palvras tanto quanto eu.
Escrevo porque tu gostava dos meus textos.
Escrevo por tudo o que compartilhamos.
Escrevo para dizer que te amo.
Escrevo para dizer que está difícil demais sem saber que tu estás aqui, no mesmo mundo que o meu.
Volta para mim, anjo, volta para mim.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013


Crescer é acumular saudades.
Tenho um arquivo no meu computador com o nome de "despedida". Meu plano era escrever nele todas as coisas que eu queria ter te dito, todas as palavras de carinho e cuidado que me faltaram, todas as explicações de liberdade e amor que nunca te dei.
Tenho um arquivo guardado com o nome de "despedida" para ensaiar meu adeus e te deixar ir embora do espaço vazio na minha cama, da saudade que sentem meus braços, da tua boca que beijei tão pouco, do teu cheiro que eu já esqueci.
Tenho um arquivo guardado chamado "despedida", criado para virar a página, feito para encerrar um amor que nunca foi, feito para deixar de te querer.
Tenho um arquivo guardado chamado "despedida"...
... e ele permanece em branco.

domingo, 8 de setembro de 2013